TEATRO MiMO
histórico
O MiMO surgiu como subgrupo do Poéticas do Corpo,grupo de pesquisa e experimentação criado em 2003, vinculado ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará- IFCE (Antigo CEFET-CE), registrado no CNPQ, e orientado pela professora Mônica Marçal, doutora em Théâtre et Arts du Spetacle – Université Paris III Sorbonne Nouvelle (Bolsista CAPES).
O grupo Poéticas do Corpo estuda as múltiplas linguagens da construção do corpo cênico e sua dramaturgia em cena, sob a ótica de diversos pesquisadores e artistas, com o intuito de fazer convergir as diversas linhas de pesquisa: o corpo como sujeito e objeto de arte, o corpo-mídia, o corpo cênico entre a dança, o teatro e as artes visuais. O MiMO,especificamente, tem como foco de estudo a pesquisa da mímica, do teatro físico e do clown com base em artistas como Copeau, Decroux, Lecoq, Barba, Burnier, Luís Louis e Silvana Abreu.
O grupo conta com uma formação paralela em Artes Cênicas , tendo seus integrantes participado de cursos e oficinas com grupos e artistas renomados, tais como: LUME Teatro, Companhia Luis Louis, Ingrid Koudela, Cacá Carvalho, Silvana Abreu, de São Paulo; Los Corderos, da Espanha; Théâtre du Soleil e Leela Alaniz, da França; Palhaços para Sempre, da Bahia; Luis Carlos Vasconcelos, da Paraíba; dentre outros.
Contando com o apoio do SESC, no tocante à concessão de estrutura apropriada para exercícios necessários à pesquisa, os integrantes do grupo reúnem-se cinco vezes por semana, totalizando uma carga horária de vinte horas de treinamento e estudos semanais, que vem sendo realizados desde a sua formação, em maio de 2008.
Espetáculo MULIERES
Dizer que MULIERES surgiu da necessidade em abordar a questão da feminilidade recorrente na contemporaneidade não seria uma afirmação coerente para o Teatro MiMO. O espetáculo que fala de mulheres surgiu pelo fato do grupo ter sido inicialmente composto por 3 atrizes. E a partir disto, foi que nasceu a vontade de realizar uma montagem na qual as personagens fossem todas mulheres.
MULIERES é um espetáculo que versa sobre o feminino, mas não sobre delicadeza. Em MULIERES temos uma tribo de guerreiras, talvez amazonas, ou algumas remanescentes da ilha de Lesbos. Temos gueixas, temos moiras, temos deusas, temos essas energias. Enfim, temos arquétipos para falar de mulheres.
A base do nosso trabalho esta apoiada na Mímica e suas vertentes, não deixando de lado o gênero da pantomima. Especificamente, MULIERES está mais voltada para o treinamento físico, sendo mais focada a Mímica Contemporânea.
Pretendemos levar ao público um espetáculo de imagens corporais inspiradas na cultura oriental. Não é uma montagem oriental, o oriente serviu apenas como mote para compor a tribo de mulheres guerreiras em uma sociedade repleta de tradições e rituais. Assim, o grupo criou seus próprios códigos, mantras, mudras e rituais.
Sakura Matsuri: O Jardim das Cerejeiras
É um experimento que fala de vida e das relações que a perpassam, as marcas que ficam, a porosidade perdida nos dias de corrida pela vida capital, a efemeridade das relações que deixam de ser afetivas, a metáfora cíclica da vida, do homem e sua passagem sobre a terra, suas contribuições para o planeta, o eterno retorno, o devir, as relações sociais, políticas e culturais que traçamos nas nossas 650 mil horas estimadas de vida.
O experimento é composto de três quadros: a criação do mundo, a travessia e o jardim de cerejeiras, e nele versamos sobre o surgimento do mundo e o eterno ciclo de passagens do que se faz presente no efêmero das relações: passam as alegrias, as tristezas, as conquistas, os amores, as pessoas, o vivo e o não-vivo, e ao mesmo tempo que tudo se faz passagem, tudo se faz permanência.
PRÊMIOS
Melhor esquete juri oficial
Melhor esquete juri popular
Melhor direção
Melhor maquiagem
Melhor figurino
Prêmio especial de pesquisa de linguagem
INDICAÇÕES
Sonoplastia
Iluminação
PARTICIPANTES
Acauã Pessoa
B. Leite
Fatima Muniz
Felipe Abreu
Geane Albuquerque
Gorete Smarandescu
Imaculada Gadelha
Marisa Carvajo
Maurileni Moreira
Rafaela Diógenes
Renata Oliveira
Tomaz de Aquino
Victor Hugo Portela